terça-feira, 23 de julho de 2013

Escola e Movimento Social

Autor: Célia Regina Vendaramini e Ilma Ferreira Machado (org.)
Número de páginas: 216
ISBN: 978-85-7743-190-8
Editora: Expressão Popular
Categoria: Educação
Peso: 265 g
Preço: R$ 18,00 Comprar 

A originalidade desta coletânea reside no fato de que ela resulta da trajetória de cada autora e autor no duplo papel de intelectual militante da construção teórica concomitante à vivência concreta com o movimento social mais avançado do campo, o MST. Disto resulta que o foco da coletânea é o de como um sujeito social coletivo MST na luta pela terra e, a partir dela, pelo conjunto de direitos básicos, sociais e subjetivos, vai construindo um novo ser social, uma ontologia livre da alienação, uma outra escola, currículo e relação entre trabalho e educação etc. As questões que abrem a apresentação da coletânea expressam o movimento e o processo de construção de cada um dos textos. Que sujeito é este que se move no campo brasileiro? Que educação é esta que procura realizar? E por que, de forma contundente, busca a afirmação de um novo jeito de viver, de uma sociedade que supere as contradições e desigualdades sociais?

Na vivência com as lutas e práticas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, as autoras e autores dos textos, a partir de seu espaço de docentes universitários, estabelecem uma relação mútua de aprendizado, cimento fundamental na luta contra o sistema capitalista. O sentido maior desta relação, sublinhado por Raymond Willians, é de “aprender e ensinar uns aos outros as conexões que existem entre formação política e econômica e, talvez, mais difícil, formação educacional e formação de sentimentos e de relações, que são os nossos recursos em qualquer forma de luta”.

O conjunto dos textos se caracteriza por um estilo de ensaios com uma linguagem adequada a um amplo público, a começar pelos sujeitos que compõem os movimentos sociais do campo e suas lideranças. Mas a coletânea tem um púbico muito mais amplo e estratégico. Trata-se dos milhares de estudantes, secundaristas, universitários e pós-graduandos, e seus professores, a grande maioria não apenas desconhecedores do sentido da luta do MST e de outros movimentos sociais do campo, mas contaminados pela visão negativa e criminalizadora do monopólio privado de comunicação, braço sedimentado da ideologia dominante.

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