terça-feira, 23 de julho de 2013

Vozes da ficção: narrativas do mundo do trabalho

Autor: Claudia de A. Campos, Enid Y. Frederico, Walnice N. Galvão, Zenir C. Reis
Número de páginas: 200
ISBN: 978-85-7743-183-0
Editora: Expressão Popular
Categoria: Literatura Nacional
Peso: 253 g
Preço: R$ 18,00 Comprar

Este volume é composto por narrativas que versam sobre o homem imerso no trabalho, ou dele sendo retirado à força. Todos os autores são hoje considerados clássicos da literatura brasileira. Esta antologia conta com textos de: Machado de Assis, Lima Barreto, João do Rio, Euclides da Cunha, Coelho Neto, Afonso Arinos, Hugo de Carvalho Ramos, Simões Lopes Neto, Valdomiro Silveira, Inglês de Sousa, Alberto Rangel, Manuel de Oliveira Paiva e Aluísio Azevedo.

Estilo literário de Marx, O

Autor: Ludovico Silva
Número de páginas: 110
ISBN: 978-85-7743-210-3
Editora: Expressão Popular
Categoria: Arte e Crítica
Peso: 180 g
Preço: R$ 15,00 Comprar
No Brasil, reina um quase desconhecimento em torno de Ludovico Silva (na verdade, Luis José Silva Michelena, venezuelano nascido em Caracas, em 1937, e precocemente falecido em 1988). Salvo para uns poucos especialistas no entre nós tão maltratado pensamento latino-americano, a sua obra é praticamente ignorada. Fato lastimável: Ludovico Silva foi um pensador com o qual há muito que se aprender e cuja relevância exige uma atenção cuidadosa (já se disse que ele está, para a cultura da esquerda na Venezuela nos anos 1960/1970, como Mariátegui esteve para a peruana nos anos 1920).

Em El estilo literario de Marx, publicado em 1971 e agora traduzido no Brasil, todas as características do trabalho intelectual de Ludovico Silva estão presentes: a criatividade, o domínio seguro dos instrumentos da análise literária imanente (sem ignorar o enquadramento histórico da textualidade), o conhecimento filosófico e um tratamento original do seu objeto.

Neste ensaio brilhante e polêmico, Ludovico Silva nos apresenta Marx sob uma luz singular: um mestre do estilo, artesão da linguagem, um criador não somente de uma nova teoria social, mas também da forma necessariamente culta e elegante que ela exigia.

Esquerda e o golpe de 64, A

Autor: Dênis de Moraes
Número de páginas: 376
ISBN: 978-85-7743-188-5
Editora: Expressão Popular
Categoria: História do Brasil
Peso: 430 g
Preço: R$ 25,00 Comprar 

Dênis de Moraes, professor da Universidade Federal Fluminense, é acadêmico e pesquisador respeitado na área da Comunicação, domínio no qual a sua contribuição é expressiva, como o atesta, mais uma vez, o seu recentíssimo livro Vozes abertas da América Latina: Estado, políticas públicas e democratização da comunicação (2011). Traduzido e reconhecido no exterior (em 2010, recebeu o “Premio Internacional de Ensayo Pensar a Contracorriente”, do Ministério da Cultura de Cuba), é autor de obra que se pode considerar, sem nenhum favor, extremamente significativa.

No conjunto desta obra (mais de 20 títulos), há um segmento muito especial: aquele em que Dênis de Moraes – revelando-se um notável escritor sob a aparência de um jornalista que revisita a história – se debruça sobre a esquerda brasileira. Recorra-se a três de seus trabalhos para se ter a dimensão desta característica: Vianninha, cúmplice da paixão (1991), O velho Graça (1992) e O rebelde do traço (1996) – excelentes biografias de Oduvaldo Vianna Filho, Graciliano Ramos e Henfil, nas quais o itinerário (de/na esquerda) dos biografados se reconstrói tendo a sua historicidade não como cenário, mas como substância de suas vidas e obras.

Contudo, é neste A esquerda e o golpe de 64, publicado originalmente em 1989, que o escritor talentoso escondido sob a pele do jornalista inquieto a cavucar o terreno da história aparece mais explicitamente. O seu objeto é o elenco de concepções, táticas e projeções (e, sobretudo, de ilusões e equívocos) com que os diferentes setores da esquerda brasileira se movimentaram especialmente sob o governo João Goulart, derrubado a 1º de abril de 1964 pelas forças que acabaram por instaurar o que mestre Florestan designou como “autocracia burguesa”.

Trata-se de objeto já examinado por muitos estudiosos, acadêmicos ou não, com maior ou menor competência. Diferente e original é o trato que Dênis de Moraes realiza neste livro de leitura apaixonante. Reconstruindo o processo político que culminou nos idos de 1964 como que num roteiro fílmico, o autor reconfigura o protagonismo de sujeitos coletivos e de personalidades da esquerda – cujos depoimentos comparecem em seguida – que jogaram papéis relevantes naquela conjuntura. Para as gerações que não experimentaram o drama dos anos 1960, a dinâmica daquela história, sem a qual não se pode compreender o Brasil dos dias de hoje, surge límpida na grandeza da sua esperança e na tragédia dos seus limites.

Dênis de Moraes, nestas páginas em que o talento do escritor dá as mãos à argúcia do jornalista que investiga, nos oferece a prova decisiva da validez do antigo juízo de Mário de Andrade: a história não é exemplo, é lição.

José Paulo Netto

Escola e Movimento Social

Autor: Célia Regina Vendaramini e Ilma Ferreira Machado (org.)
Número de páginas: 216
ISBN: 978-85-7743-190-8
Editora: Expressão Popular
Categoria: Educação
Peso: 265 g
Preço: R$ 18,00 Comprar 

A originalidade desta coletânea reside no fato de que ela resulta da trajetória de cada autora e autor no duplo papel de intelectual militante da construção teórica concomitante à vivência concreta com o movimento social mais avançado do campo, o MST. Disto resulta que o foco da coletânea é o de como um sujeito social coletivo MST na luta pela terra e, a partir dela, pelo conjunto de direitos básicos, sociais e subjetivos, vai construindo um novo ser social, uma ontologia livre da alienação, uma outra escola, currículo e relação entre trabalho e educação etc. As questões que abrem a apresentação da coletânea expressam o movimento e o processo de construção de cada um dos textos. Que sujeito é este que se move no campo brasileiro? Que educação é esta que procura realizar? E por que, de forma contundente, busca a afirmação de um novo jeito de viver, de uma sociedade que supere as contradições e desigualdades sociais?

Na vivência com as lutas e práticas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, as autoras e autores dos textos, a partir de seu espaço de docentes universitários, estabelecem uma relação mútua de aprendizado, cimento fundamental na luta contra o sistema capitalista. O sentido maior desta relação, sublinhado por Raymond Willians, é de “aprender e ensinar uns aos outros as conexões que existem entre formação política e econômica e, talvez, mais difícil, formação educacional e formação de sentimentos e de relações, que são os nossos recursos em qualquer forma de luta”.

O conjunto dos textos se caracteriza por um estilo de ensaios com uma linguagem adequada a um amplo público, a começar pelos sujeitos que compõem os movimentos sociais do campo e suas lideranças. Mas a coletânea tem um púbico muito mais amplo e estratégico. Trata-se dos milhares de estudantes, secundaristas, universitários e pós-graduandos, e seus professores, a grande maioria não apenas desconhecedores do sentido da luta do MST e de outros movimentos sociais do campo, mas contaminados pela visão negativa e criminalizadora do monopólio privado de comunicação, braço sedimentado da ideologia dominante.

Dicionário da educação do campo

Autor: Roseli Salete Caldart, Isabel Brasil Pereira, Paulo Alentejano e Gaudêncio Frigotto (org.)
Número de páginas: 788
ISBN: 978-85-7743-193-9
Editora: Expressão Popular
Categoria: Educação
Peso: 1125 g
Preço: R$ 50,00 Comprar

O DICIONÁRIO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO é uma elaboração coletiva cujo principal objetivo é o de apresentar para debate uma síntese da compreensão teórica e prática da Educação do Campo. Os verbetes selecionados referem-se a conceitos ou categorias que expressam, na perspectiva dos movimentos sociais camponeses e de suas lutas, os fundamentos filosóficos e pedagógicos da Educação do Campo, articulados em torno dos eixos campo, educação, políticas públicas e direitos humanos. Esta primeira edição do Dicionário inclui 113 verbetes e envolveu 107 autores em sua produção. O Dicionário, embora tenha sido elaborado a partir de eixos, foi organizado pelos verbetes em ordem alfabética, pelo entendimento de que essa visão intereixos é pedagogicamente mais fecunda para o objetivo que temos de firmar uma concepção de abordagem ou de tratamento teórico e prático da Educação do Campo. Trata-se de obra dirigida a educadores das escolas do campo, pesquisadores da área da educação, estudantes do ensino médio à pós-graduação, integrantes dos movimentos sociais e lideranças sindicais e políticas comprometidas com as lutas da classe trabalhadora.

Cidade e Campo: relações e contradições entre urbano e rural

Autor: Maria Beltrão Encarnação Spósito e Artur Magon Whitaker (orgs.)
Número de páginas: 248
ISBN: 978-85-7743-026-0
Editora: Outras Expressões
Categoria: Geografia
Peso: 409 g
Preço: R$ 25,00 Comprar

Este livro resulta de um debate realizado, em junho de 2003, pelo Grupo de Pesquisa "Produção do Espaço e Redefinições Regionais" (GAsPERR) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus Presidente Prudente.

Carlos Nelson Coutinho e a renovação do marxismo no Brasil

Autor: Marcelo Braz (org.)
Número de páginas: 433
ISBN: 978-85-7743-211-0
Editora: Expressão Popular
Categoria: Política
Peso: 450 g
Preço: R$ 30,00 Comprar

A coletânea que o leitor tem em mãos reúne depoimentos e textos de gerações diferentes de intelectuais e militantes vinculados à tradição marxista e que comentam a vida e a obra de Carlos Nelson Coutinho, um comunista irredutível. Seu legado para a emancipação humana e brasileira é debatido a partir dos eixos da introdução de Gramsci no Brasil, da crítica à miséria da razão a partir de Lukács, também introduzido no país com sua contribuição. Mas nos deparamos também com comentários densos acerca de suas reflexões sobre a cultura e a literatura, e de um balanço de sua enorme contribuição para a formação na área do Serviço Social nas últimas décadas. Seus textos hoje são verdadeiros clássicos do pensamento crítico e cada linha desta obra introduz os leitores no seu universo de reflexão, como uma antessala muito qualificada para o mergulho em textos imprescindíveis, instigantes, polêmicos e de combate, a exemplo de Democracia como Valor Universal e O Estruturalismo e a Miséria da Razão. Temos, então, uma merecida homenagem a este grande mestre, que tenho a felicidade de compartilhar e recomendar de forma apaixonada, pois política e teoria não caminham sem emoção, conforme aprendi com Antônio Gramsci pelas mãos de Carlos Nelson Coutinho.
 Elaine Rossetti Behring

Carlos Fonseca e a Revolução Nicaraguense

Autor: Matilde Zimmermann
Número de páginas: 375
ISBN: 978-85-7743-200-4
Editora: Expressão Popular
Categoria: América Latina
Peso: 435 g
Preço: R$ 20,00 Comprar

A contribuição de Carlos Fonseca encontra-se na confluência de dois temas: por um lado, a batalha pela libertação nacional e contra o imperialismo norte-americano; e, por outro, a luta pela revolução socialista. Sua visão de uma “revolução popular sandinista” incluía a vitória militar sobre a ditadura de Somoza, respaldada pelos Estados Unidos, e uma transformação social para pôr fim à exploração dos trabalhadores e camponeses nicaraguenses. O objetivo de Fonseca era construir um movimento que estivesse profundamente enraizado na realidade material da Nicarágua e em sua tradição de rebeldia, simbolizada por Sandino, ao mesmo tempo em que olhava para Cuba – e, por trás de Cuba, a Revolução Russa – para obter inspiração e sentido do que era possível.

Capitalismo: crises e resistências

Autor: Andréia Galvão (et al - org.)
Número de páginas: 510
ISBN: 978-85-6442-126-4
Editora: Outras Expressões
Categoria: Política
Peso: 590 g
Preço: R$ 30,00 Comprar

O marxismo tem hoje uma presença significativa na instituição universitária brasileira. O fenômeno não é tão antigo. A universidade começou a abrir as suas portas para o marxismo – e de maneira comedida e recalcitrante – apenas na segunda metade do século passado. De lá para cá, criou-se uma situação nova no mundo acadêmico e estimulou-se um tipo de produção intelectual até então desconhecida no Brasil. Jovens pesquisadores marxistas passaram a produzir suas dissertações e teses tomando por objeto os temas mais variados nas áreas de sociologia, economia, política, cultura, educação e outras. Surgiram grupos de estudos marxistas em todas as associações nacionais de pesquisa e de pós-graduação, multiplicaram-se as publicações periódicas que procuram desenvolver e aplicar o marxismo na análise do Brasil e do capitalismo contemporâneo e consolidaram-se os eventos que reúnem pesquisadores marxistas em inúmeras cidades do Brasil. O Colóquio Internacional Marx e Engels, que vem sendo organizado pelo Centro de Estudos Marxistas (Cemarx) da Unicamp desde 1999, tem sido um dos focos de estímulo e de convergência dessa grande e variada produção. Capitalismo, crises e resistências reúne, justamente, alguns trabalhos apresentados na sexta edição do Colóquio Internacional Marx e Engels realizado em 2009.
O marxismo é uma teoria abrangente e ramificada em tradições diversas. Este livro contém uma boa amostra da produção marxista contemporânea. Contempla a crise do capitalismo, a discussão sobre o socialismo no século XXI, a resistência dos trabalhadores, a cultura, a educação e alguns temas teóricos caros ao marxismo. É diverso, polêmico e estimulante. Descortinará, para o leitor, temas e teses para reflexão e aprofundamento e permitirá uma avaliação, ainda que parcial, do quanto os marxistas têm logrado desenvolver e renovar o marxismo, valendo-se do espaço institucional propiciado pela universidade.
Os pioneiros do marxismo brasileiro, grandes intelectuais comunistas, como Octávio Brandão, Astrogildo Pereira, Mário Pedrosa, Caio Prado Júnior, Nelson Werneck Sodré, Jacob Gorender e outros produziram seus trabalhos fora da universidade e vinculados ao movimento comunista do século XX. Deixaram-nos a sugestão de grandes linhas para a interpretação do capitalismo que se formou no Brasil. Ao ler este livro, o leitor poderá, de maneira desafiadora, se perguntar como é que a presente geração de marxistas tem contribuído para o movimento socialista do século XXI e para o enriquecimento da cultura nacional.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Camponeses e a práxis da produção coletiva, Os

Autor: Valéria de Marcos e João Edmilson Fabrini
Número de páginas: 152
ISBN: 978-85-7743-142-7
Editora: Expressão Popular
Categoria: Geografia
Peso: 261 g
Preço: R$ 15,00 Comprar 

Esse livro traz à tona um debate histórico no interior do marxismo: as contradições entre a práxis camponesa e a proposta da produção coletiva como alternativa para a construção de uma sociedade socialista, incluindo também o debate sobre o anarquismo e, sobretudo, as formas de produção coletiva e comunitária e as muitas formas e usos da terra no Brasil.

Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil

Autor: Bernado M. Fernandes (org.)
Número de páginas: 169
ISBN: 978-85-7743-203-5
Editora: Expressão Popular/ Perseu Abramo
Categoria: Estudos Agrários
Peso: 240 g
Preço: R$ 15,00 Comprar

As origens da luta pela reforma agrária, as formas de organização, os projetos desenvolvidos pelo MST nos assentamentos e outras questões que ajudam a conhecer e a compreender este importante movimento social são analisados em longa entrevista concedida por João Pedro Stédile. Um retrato do corpo inteiro do MST, objetivo, claro e sincero. Indicado para o Prêmio Jabuti 2000.

Artes da ameaça, As - ensaios sobre literatura e crise

Autor: Hermenegildo Bastos
Número de páginas: 152
ISBN: 978-85-6442-114-1
Editora: Outras Expressões
Categoria: Arte e Crítica
Peso: 190 g
Preço: R$ 15,00 Comprar

Os ensaios aqui reunidos dão continuidade a publicações anteriores. Giram em torno de uma questão central, com dois desdobramentos. A relação entre crise, literatura e crítica é a questão central. A literatura moderna nasceu com a crise aberta pelo surgimento e expansão colonialista do capitalismo. Não é que ela tenha respondido a uma crise externa a ela, mas sim que ela faz parte da crise que foi o desaparecimento das sociedades religiosas e, portanto, do mito. Como tal, a literatura – uma forma de discurso que, diferente do mito, desde sempre carece de legitimar-se – é necessariamente crítica, e mais, é autocrítica.
 O primeiro desdobramento é que a literatura tem se antecipado aos acontecimentos históricos, pela sua capacidade de captar o todo social antes mesmo que novas condições sociais se tornem palpáveis, visíveis. Vislumbrar os caminhos a serem trilhados tem sido, de Cervantes a João Cabral de Melo Neto, evidenciar as ameaças que a expansão capitalista, ainda em curso, termina sempre por concretizar.
 O século XXI inicia trazendo o outro desdobramento. Vivemos outra época, em que coexistem de modo surpreendente um conformismo esmagador e a gestação de novas formas de luta. Urge saber se e como a crise permanece, porque ela é a condição da crítica. Para quem dizia que as lutas ideológicas eram coisa do passado talvez sejam surpreendentes as maneiras de como a indústria cultural se apropriou de palavras históricas de luta. A literatura lida com palavras. Palavras como sonho e desejo, e as mais importantes delas – justiça e liberdade – são moedas de troca no grande supermercado em que se transformou o mundo da vida.
 “No meio do caminho tinha uma pedra”, diz Drummond. Uma pedra em que se tropeça como se num escândalo. A literatura pode dar a ver, com uma precisão escandalosa, a crise. Por isso, ela é relevante. É escandalosa a precisão com que a literatura revela o mundo e a vida, porque não é a precisão dos conceitos – que tem sido a forma confiável de precisão. Mas que a precisão possa estar no ritmo de um verso, numa figura, na fala de um personagem (como também está na vida cotidiana sem que, entretanto, a vejamos) isso é um escândalo ou uma pedra em que temos que tropeçar.

Água braba: nos tempos da ditadura civil militar

Autor: Lurildo Ribeiro Saraiva
Número de páginas: 152
ISBN: 978-85-6442-119-6
Editora: Outras Expressões
Categoria: História do Brasil
Peso: 195 g
Preço: R$ 15,00 Comprar 

Toda a nossa geração se recorda da "passeata dos cem mil" no Rio de janeiro, do sequestro do embaixador americano e da troca do prisioneiro por presos políticos da ditadura. Lurildo conta como isso repercutiu no Recife com a libertação do venerável e heroico companheiro Gregório Bezerra, exilado no México, na mesma operação que levou o jovem Frei Tito Alencar ao exílio em Paris, onde a memória das torturas sofridas nas mãos do famigerado Sérgio Fleury o conduziu à morte. (...) Ele nos faz sentir o que ele e seus companheiros sentiam e chorar a dor que viveram no denso período desta gravidez de um Brasil mais livre e mais justo.

Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável

Autor: Miguel Altieri
Número de páginas: 400
ISBN: 978-85-7743-191-5
Editora: Expressão Popular/AS-PTA
Categoria: Agroecologia
Peso: 465 g
Preço: R$ 35,00 Comprar

Desde sua publicação, o livro de Miguel Altieri exerceu forte influência na disseminação da Agroecologia no Brasil, tendo sido adotado como obra de referência por profissionais de ONGs e instituições oficiais de ensino, de pesquisa e de extensão rural.
A Agroecologia vem sendo assimilada como referência em projetos e programas de variados órgãos dos governos federal, estaduais e municipais. Na área da educação formal, já se contabilizam mais de uma centena de cursos de Agroecologia ou com diferentes acercamentos ao enfoque agroecológico, abrangendo desde o nível médio e superior até iniciativas de mestrado e linhas de pesquisa em programas de doutorado. Outra importante evolução nessa área veio com a criação de mais de cem núcleos de Agroecologia que integram professores e estudantes do ensino médio e/ou universitário em fecundos ambientes de aprendizagem proporcionados pela interação com comunidades rurais.
Esperamos que a publicação desta terceira edição contribua para o processo de internalização do paradigma agroecológico nas instituições que incidem sobre os rumos do desenvolvimento rural. Para compô-la, propusemos ao autor uma remodelação da edição anterior com o objetivo de atualizar a obra para o presente contexto de construção da Agroecologia no Brasil. Nessa reformatação, introduzimos uma primeira seção que apresenta uma crítica à agricultura industrial elaborada sob o prisma agroecológico. Nela são abordadas as inovações no regime sociotécnico dominante efetuadas nas últimas décadas, com o advento da transgenia em escala comercial e com a expansão das monoculturas voltadas à produção de agrocombustíveis. As segunda e terceira seções enfocam conceitos e métodos para o manejo dos agroecossistemas e correspondem aos conteúdos já apresentados nas edições anteriores. Alguns dos capítulos publicados anteriormente foram substituídos por textos mais recentes do autor.
A última seção contempla uma questão central no avanço da perspectiva agroecológica na sociedade: o reconhecimento e a promoção da agricultura familiar camponesa como a base social da agricultura sustentável. A agricultura camponesa constrói o seu progresso com base na valorização dos recursos localmente disponíveis, não dependendo por isso de aportes sistemáticos de energia, materiais e conhecimentos externos. Assim construído, o desenvolvimento da agricultura familiar contribui diretamente para o desenvolvimento da sociedade em que ela está inserida, já que desempenha variadas funções de interesse público, dentre as quais se destacam a produção de alimentos em quantidade, qualidade e diversidade; a conservação dos recursos naturais; a geração de postos de trabalhos dignos; a conservação e a revitalização das culturas rurais; e a dinamização econômica do mundo rural.

140 anos da Comuna de Paris

Autor: Milton Pinheiro (org.)
Número de páginas: 200
ISBN: 978-85-6442-113-4
Editora: Outras Expressões
Categoria: História Geral
Peso: 240 g
Preço: R$ 18,00 Comprar 

Hoje, os trabalhadores estão nas ruas. Apresentaram-se nas contradições do norte da África, estão se agigantando nas passeatas das grandes cidades europeias, chegaram ao centro do sistema com as movimentações em Wall Street, nos EUA. Está cada dia mais difícil controlar as mobilizações de dezenas de milhares de jovens e trabalhadores, em Portugal, Espanha, França, Itália, Chile, Inglaterra, Alemanha e na África.
Essas lutas precisam de uma politização e da movimentação dos trabalhadores para colocar na ordem do dia, a questão do poder. A vanguarda precisa estar integrada ao processo em curso e, coesa no sentido de construir uma hegemonia, que coloque o bloco histórico em luta aberta e direta no cenário dos confrontos de classes.
O que precisamos no momento é unir o legado da Comuna de Paris, que há 140 anos fez tremular a bandeira vermelha em defesa da humanidade, com as possibilidades abertas na atual vaga de luta social, para marchar contra o sistema. Mais do que nunca, está viva entre nós, a frase lapidar de Walter Benjamim, “A revolução é o freio de emergência para conter a barbárie”.
Precisamos ter em cada lutador social, um comunard a serviço da humanidade. Os trabalhadores encontrarão no seu tempo político, a hora, em que avançaremos para concluir as tarefas que a Comuna de Paris começou.